A cirurgia para colocação de pinos e parafusos na coluna — conhecida tecnicamente como artrodese — é um procedimento que, apesar de bastante seguro e eficaz nos casos corretos, não é indicado para todos os pacientes com problemas na coluna. Atualmente, com os avanços da medicina e da neurocirurgia, essa decisão se tornou cada vez mais criteriosa.

    O objetivo dessa cirurgia é estabilizar segmentos da coluna que perderam sua sustentação natural, evitando movimentos anormais que causam dor ou risco de lesão neurológica. Em geral, os pinos e parafusos são utilizados em conjunto com hastes metálicas e, muitas vezes, com enxertos ósseos, para promover a fusão das vértebras envolvidas.

    Principais Indicações

    Nem toda dor nas costas ou hérnia de disco exige a colocação de pinos. Esse tipo de procedimento é reservado para casos específicos, como:

    Instabilidade grave da coluna, quando as vértebras se movimentam de forma anormal.

    Espondilolistese (deslocamento de uma vértebra sobre a outra), especialmente quando há comprometimento neurológico ou dor intensa persistente.

    Fraturas vertebrais instáveis decorrentes de traumas.

    Deformidades acentuadas, como escoliose grave ou cifose, que precisam de correção mecânica.

    Avaliação Individualizada

    Antes de indicar a cirurgia, o especialista realiza uma avaliação minuciosa, que inclui exames de imagem (como radiografias dinâmicas, tomografia e ressonância magnética) e análise detalhada dos sintomas. O objetivo é confirmar se a instabilidade da coluna realmente exige uma fixação cirúrgica.

    A colocação de pinos é considerada uma exceção, e não a regra. Sempre que possível, busca-se tratar o problema com métodos menos invasivos, como fisioterapia, medicamentos, infiltrações e, em alguns casos, cirurgias minimamente invasivas sem fixação.

    Recuperação e Resultados

    Quando bem indicada, a cirurgia oferece excelentes resultados, proporcionando estabilidade, alívio da dor e melhora da qualidade de vida. O tempo de recuperação varia conforme o caso, mas geralmente inclui fisioterapia e reabilitação para fortalecer a musculatura e garantir uma boa adaptação à nova estrutura da coluna.